sábado, 29 de maio de 2010

Procuro o meu dono ou outro...

Um dia tive um dono e perdi-me... Ou ele perdeu-me a mim... Ou ele fez com que eu me perdesse... Não sei bem. E também não sei explicar. Eu tento e ninguém me entende. Não interessa o que quero dizer por palavras que não me saiem da boca. Interessa o que digo com os olhos: QUERO UM DONO, DE RAÇA PORQUE RAFEIRO PARECE QUE JÁ TIVE UM. E sou esquisito quanto à raça: QUERO UM DONO DA RAÇA "ADORO O MEU CÃO".

Contactar QOASMI 966761197 ou 964344387

terça-feira, 25 de maio de 2010

Queratoconjuntivite seca - "Olho Seco"

A Queratoconjuntivite seca ou “Olho Seco“ é uma doença inflamatória crónica e progressiva da córnea e conjuntiva causada pela falta de lágrimas. A diminuição na produção do componente aquoso da lágrima torna-a menos eficaz na lubrificação do olho.

Na origem desta doença pode estar um processo auto-imune do animal, que reage contra as células das glândulas lacrimais como se fossem estranhas ao organismo destruindo-as. A toxicidade por drogas, remoção cirúrgica da glândula da terceira pálpebra, lesões nos nervos da face e defeitos congénitos, também podem ser causas de queratoconjuntivite seca.

Sintomas:

- Secreção ocular mucoide

- O animal esfrega e pisca os olhos constantemente.

- Conjuntivite

- Perda de brilho da córnea

- Neovascularização e pigmentação da córnea

- Ulceras na córnea

- Cegeira

Inicialmente o corrimento é mucoso, porque a mucina não é espalhada pela parte aquosa das lágrimas e fica então agarrada aos olhos. A queratoconjuntivite seca no inicio é dolorosa e por isso o animal pisca e esfrega os olhos, com o evoluir da situação a dor diminui. Quando surge infecção, o corrimento torna-se mucopurulento. A córnea fica seca e perde o brilho habitual e a superfície parece irregular. A seguir a córnea é invadida por vasos e torna-se pigmentada. À medida que a doença progride a pigmentação pode-se tornar tão intensa, que a córnea fica completamente opaca tornando o cão cego. Podem também aparecer úlceras da córnea, que se não forem tratadas podem acabar por perfurar.

No caso do gato os sintomas são mais subtis. Normalmente aparece conjuntivite, corrimento ocular e úlceras da córnea de difícil cicatrização.

O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos característicos e pela medição da quantidade de lágrimas, pelo teste de Schirmer,

Como a maior parte são consequência dum processo imuno-mediado a ciclosporina é o tratamento de eleição. A apresentação é em gel oftálmico e tem que ser colocado durante toda a vida do animal. Podem ainda ser usadas lágrimas artificiais e medicações tópicas que dissolvem o muco, mas, para serem eficazes, a sua aplicação tem de ser muito regular

Existe ainda a possibilidade de resolução cirúrgica por transposição do ducto parotídeo. Mas a cirurgia só está indicada caso o tratamento médico falhar.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Praganas

As praganas ou espiguetas são sementes de cereais ou pequenas espigas de ervas que quando ficam secas se agarram aos pêlos dos animais. Existem principalmente na Primavera e Verão e os animais mais afectados são os cães (Cocker spaniel, Lhasa apso, Caniches, Serras da Estrela) e gatos de pêlo longo. Geralmente encontram-se nas patas (entre os dedos), dentro dos ouvidos e nas axilas mas também podem aparecer nos olhos, nas narinas e na boca, dependendo do tamanho das ervas e do animal.

Devido ao seu formato de dardo, apenas progridem numa direcção acabando por se aprofundar cada vez mais no pêlo e penetrar na pele causando feridas muitas vezes com pús. Nos casos mais graves podem perfurar outros tecidos (tímpano por ex.) e migrar.
Quando provocam feridas na pele podemos ver o pelo molhado por causa das secreções da ferida, pode haver coxeira e o animal lambe a zona por lhe causar desconforto. Se entrarem nos ouvidos o animal coça-se, abana a cabeça, gane, é visível cerúmen muito escuro a sair do ouvido e pode andar com a cabeça de lado. Nos olhos, os sinais costumam ser iguais a uma conjuntivite. O animal coça o olho, que pode estar congestionado, com corrimento e semi-serrado. Por vezes o olho fica afundado na arcada ocular parecendo mais pequeno que o outro. No nariz provocam espirros e dificuldade respiratória além do animal coçar para tentar tirar a pragana.

O tratamento varia muito com a zona afectada mas passa sempre por retirar a pragana, o que em casos mais graves pode implicar uma cirurgia. Para além do incómodo, as praganas podem provocar otites crónicas, infecções graves e perda da visão no caso de a localização ser ocular, quando não devidamente tratadas.

Para evitar que as praganas causem danos graves deve evitar que o seu animal passeie por zonas onde existam este tipo de ervas e verificar o pêlo de cada vez que ele passeie no campo de forma a retirar todas as ervas que fiquem agarradas. Em alguns animais que vivam em zonas de contacto permanente com praganas pode ser aconselhado tosquiar, pelo menos as patas, nos meses de maior risco.

Caso veja que o seu animal tem algum dos sintomas acima descritos, sobretudo se esteve em locais de risco leve-o imediatamente ao médico veterinário.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Procuram dono



3 Cachorras procuram dono. Contactar: anacata75@gmail.com

segunda-feira, 17 de maio de 2010

INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL

O paracetamol é um fármaco analgésico e antipirético muito utilizado em Medicina Humana (Bem-U-ron, Panasorbe, Panadol, Tylenol, etc). É um fármaco considerado inofensivo e seguro, muito utilizado em crianças, dada a sua elevada margem de segurança no ser humano. Mas este fármaco é extremamente tóxico para os animais de companhia, principalmente para os gatos mas também para os cães.

Este medicamento é metabolizado (eliminado) por certas enzimas no fígado. Mas a actividade destas enzimas nos gatos é bastante reduzida levando a uma acumulação de produtos intermédios muito tóxicos. Metade de um comprimido de 500 mg pode ser fatal para um gato de tamanho médio.

Os sintomas são:

-cianose (coloração azulada das mucosas)

-edema da face e dos membros

-dificuldades respiratórias

-prostração

-temperatura corporal baixa

-vómitos.

- A situação pode evoluir para coma e morte.

Existe um antídoto para esta intoxicação, mas pode requer tratamento por alguns dias com internamento, fluidoterapia e oxigenoterapia. O sucesso do tratamento depende do intervalo de tempo entre a intoxicação e o início do tratamento.

Uma suposta febre, um traumatismo ligeiro podem transformar-se numa doença grave, pela administração incorrecta de medicamentos de medicina humana. Existem medicamentos específicos para os animais com as concentrações mais indicadas para o seu peso e para cada espécie.

Apenas o seu médico veterinário está qualificado para o aconselhar no tratamento do seu animal de companhia. Um telefonema pode fazer a diferença entre a vida e a morte do seu animal.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Concurso "Questionário sobre Leishmaniose"

Os vencedores do concurso foram:

1º Prémio:
Maria Gabriela Lopes


2º Prémio: Vanda Cristina Sá Rodrigues

3º Prémio: Maria Teresa Martins Lourenço

Para se tornar um perito em Leishmaniose e poder proteger da melhor forma o seu cão desta grave doença veja mais informações aqui, aqui e no site http://www.onleish.org/.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Imunodeficiência Felina

O vírus da Imunodeficiência felina (FIV) é um retrovírus da mesma subfamília do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), porém é específico para a espécie felina. Este vírus enfraquece o sistema imunitário do gato levando a que o animal contraia outras doenças que normalmente não afectariam um gato saudável.
A transmissão desta doença é feita através de mordeduras. Por isso, gatos machos agressivos e que tenham acesso ao exterior constituem o maior grupo de risco para esta doença. As gatas infectadas transmitem a doença à sua descendência durante a gestação e amamentação.
A Imunodeficiência felina não tem vacina nem cura. Porém, os portadores podem viver bastantes anos sem evidenciarem sinais de doença. O tratamento de gatos positivos passa por prevenir e tratar as doenças oportunistas que forem surgindo. É aconselhável castrar os gatos positivos com acesso ao exterior para diminuir a propagação da doença.
Como suspeitar que o seu gato está infectado? Não existe sintoma específico. O animal pode apresentar sinais de infecções inespecíficas ou recorrentes como: infecções na pele, boca, problemas respiratórios, perda de peso, etc.
Para prevenir a Imunodeficiência felina evite que o seu gato tenha acesso à rua e contacto com outros gatos de exterior. Os gatos machos devem ser esterilizados de forma a diminuir as saídas à procura de fêmeas e a diminuir a sua propensão para lutas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lidar com a morte do seu animal


A esperança de vida dos animais é bastante mais curta que a dos seres humanos. É quase uma certeza que vamos ter de enfrentar a morte do nosso animal. Desde que ele entra nas nossas vidas, vamos evitando pensar nesse medo, até que um dia o temido acontece. E o nosso companheiro de brincadeiras, que nos fez sorrir naqueles momentos em que mais nada correu bem, deixa de estar entre nós.


Não-aceitação e choque

A negação pode ocorrer quando animal está gravemente doente. O dono tem dificuldade em aceitar que a situação é irreversível e agarra-se a esperanças infundadas. Quando o animal morre entra em choque e não consegue perceber que o animal já não está vivo.


Culpa
A culpa é um sentimento frequente nos casos de morte. Surge a dúvida se alguma das decisões que se tomaram ou não, precipitaram ou poderiam evitar o sucedido: “Se tivesse passado mais tempo com ele”, “se o tivesse levado ao veterinário mais cedo”, “se tivesse consultado mais opiniões profissionais”, “se não o tivesse deixado sem trela”, “se não tivesse decidido operar”. A culpa que o dono sente em relação à morte do seu animal é exacerbada porque o animal está dependente inteiramente do dono e é ele que toma as decisões determinantes na vida do animal. Assim o dono sente que é o responsável pela morte do animal.

Nas situações em que a eutanásia foi colocada como opção, o dono pode sentir-se culpado, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.


Raiva

Sentir raiva ou ficar zangado é uma fase normal do luto. A raiva pode ser dirigida para diversas direcções. O dono pode sentir raiva do animal porque o abandonou, do resto da família, do vizinho porque nunca gostou do seu animal, do veterinário, da sociedade em geral ou até de Deus. A raiva é completamente irracional implicando que na maioria das vezes seja injusta.


Tristeza

Nesta fase o dono sente-se triste por ter perdido o seu amigo. Pode ajudar falar com outras pessoas que passaram pelo mesmo.

Se esta fase se prolongar ou se aprofundar em demasia pode conduzir a uma depressão que requer acompanhamento médico.

Oh! Era só um animal…

As pessoas que não têm animais, podem não entender o sofrimento que a morte do ente querido de 4 patas pode trazer. Por vezes ouvem-se observações: “oh, era só um animal”.

Os donos têm o direito de sofrer com a morte do seu animal. A opinião do vizinho ou de colega de trabalho não deve interferir no seu direito de sofrer pela perda. Se tem vontade chore. Procure o apoio de pessoas que o compreendam ou que já tenham passado por situações similares. Você tem todo o direito de sofrer por aquele “só um animal” que o recebeu sempre contente, que nunca o criticou, que lhe lambeu as mãos depois de um dia difícil.


Aceitação

A recuperação passa pela aceitação da morte. Aconteceu e não temos o poder de alterar o sucedido. Implica encarar a vida tal como ela é, e seguir em frente.

Seguir em frente não implica esquecer o seu animal. Não necessita eliminar as fotografias do animal, mas também não deve manter indefinidamente o cantinho dele como se ele fosse voltar. Arrumar as “ideias” ajuda a ultrapassar esta fase. Separe as coisas dele que lhe vão dar prazer em rever e recordar. Arrume ou dê tudo o resto que não necessite.

Pode doar algum dinheiro a instituições de apoio a animais abandonados, apadrinhar um animal ou qualquer outra coisa que faça sentido para si. Fazer algo de positivo faz com que as pessoas se sintam melhor com elas próprias.

O tempo é o melhor remédio e cura tudo. A dor vai diminuindo e progressivamente vai recordar os bons momentos e não a morte.


Estas fases podem não se suceder e o dono pode saltar entre as várias fases. Podendo ainda não experimentar todas estas etapas, passar muito tempo numa fase e pouquíssimo noutra. A forma como se lida com a morte de um ente querido difere de indivíduo para indivíduo.


A recuperação terá de partir da própria pessoa e não de pressões externas. Não deixando de ser importante o apoio de amigos e familiares.


Novo animal

Os animais são insubstituíveis e o animal que arranjar nunca será igual ao anterior. Mas quando chegar à fase de recuperação pode pensar em ter um novo animal. Se gosta de animais não deve privar-se dos bons momentos que poderão passar juntos só para evitar o sofrimento que a perda lhe trouxe. A vida sem momentos bons e sem momentos menos bons não é uma vida plena. Mas não se precipite. Toda a família deve querer um novo membro e estar disponível para as tarefas que um cachorro/gatinho ainda não educado implicam.

segunda-feira, 3 de maio de 2010