quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Leishmaniose canina - Uma doença mortal!



A leishmaniose canina é causada por uma infecção parasitária, transmitida de cão para cão através da picada de flebótomos infectados, uma espécie de mosquitos. Se o seu cão estiver infectado com o parasita, a doença pode não ser detectável de imediato. Os sintomas são variáveis como febre, perda de pêlo (sobretudo à volta dos olhos), perda de peso, feridas na pele, crescimento excessivo das unhas, anemia, artrite e insuficiência renal grave. Esta doença é frequentemente mortal e embora os tratamentos (dispendiosos) permitam controlar os sintomas, não curam a doença. 

Na Europa já existem 2,5 milhões de cães infectados com este parasita.

Rastreie o seu cão para esta doença.
O Outono/Inverno é a altura ideal para fazer o rastreio da leishmaniose canina. Este rastreio pode efectuar-se com uma simples colheita de sangue ao seu cão. Caso o seu animal seja negativo planeie a protecção para o seu cão. Portugal é um país de alto risco e existe agora a possibilidade de vacinar o seu animal contra esta doença. A protecção vacinal deve iniciar-se nesta época (Outono/Inverno) para que o seu cão possa enfrentar a época de maior perigo (Março a Outubro) com um nível elevado de defesas.

A prevenção é a melhor protecção!
A prevenção até agora era feita somente com produtos repelentes do mosquito flebotomos, como coleiras e spot-on específicos.
Após 20 anos de pesquisa, está agora disponível a vacina contra a leishmaniose canina. Com a vacinação é possível elevar o patamar de protecção do seu cão contra esta doença. O programa completo de vacinação inclui três injecções administradas com três semanas de intervalo, e confere ao seu cão uma protecção interna duradoura contra a doença. Depois será necessária apenas uma revacinação anual para manter os níveis de resistência imunitária do seu cão.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Passear o cão à trela sem puxões



Todos os cães, independentemente da raça ou do local onde vivem (apartamento ou quintal), devem ser passeados na rua várias vezes por dia pois nestas saídas o cão tem oportunidade de explorar o ambiente que o rodeia e interagir com outros animais e pessoas. Para que tanto o cão como o dono possam disfrutar dos benefícios do passeio, o cão deve estar ensinado a andar à trela calmamente, sem puxões.
O treino para andar com trela não é complicado, na maioria dos casos bastam alguns minutos diários para que o cachorro se habitue à trela. A base do sucesso é a paciência e nunca esquecer uma regra básica: o comportamento correto do cão deve ser recompensado e o comportamento errado deve ser desencorajado.
  •  Deve iniciar o treino aos 2 meses de vida pois quanto mais cedo começar a habituar o cachorro à trela mais fácil será a aprendizagem.
  • Primeiro deve habituar o cachorro à coleira durante 3 ou 4 dias. Nesse período não lha deve retirar e se ele a tentar roer deve desencoraja-lo e dar um brinquedo para ele roer.
  • Nunca deve bater com a trela no cachorro pois isso fará com que tenha medo da trela por a encarar como um castigo.
  •   Durante uns minutos por dia, em casa e sempre com o cachorro acompanhado, ate um cordel leve mas resistente à coleira do cão, deixe o cão andar com ele a arrastar no chão para que ele se comece a habituar com os puxões que sofre sempre que o pisa. Mais uma vez evite que ele roa e dê um brinquedo para ele roer.
  • Assim que o animal estiver habituado troque por um fio mais longo e mais grosso ou pela trela e continue a deixar o cão andar com ele a arrastar no chão alguns minutos por dia, sempre com companhia de alguém
  • Comece a pegar na ponta do fio/trela sem puxar e inicie pequenos percursos dentro de casa/quintal com ele pela trela, diversas vezes ao dia por pequenos períodos de tempo
  • Em seguida comece a ensiná-lo a caminhar pela trela fazendo o cão sentar-se ao seu lado e depois dando a ordem para avançar e começar a caminhar
  • Vá começando a abrandar o passo algumas vezes para o cão parar. Sempre que ele parar mande-o sentar-se e recompense-o com um biscoito/carícia e brincadeira.
  • Se o animal puxar a trela pare. Chame o cão a vir até si e não se mexa, mantendo sempre a trela firme. Quando ele vier recompense-o comum biscoito/carícia e brincadeira.
  • Se o cão insistir em puxar vire as costas ou mude de direção e mantenha a trela firme até que ele venha até si e aí poderá recompensa-lo.
  •   Nunca deve puxar o cão ou arrastá-lo com a trela pois assim ele ganha aversão à trela.
Em cães que puxam muitos donos escolhem usar coleiras estranguladoras com a esperança que o animal ao sentir-se “esganado” pare de puxar. Em muitos casos estes estranguladores não são eficazes porque os cães habituam-se ao desconforto e continuam a puxar pois sabem que no final vão conseguir chegar onde querem.
Outros donos optam por tentar o peitoral normal por verem que os cães se engasgam e tossem de tanto puxar na coleira. Estes peitorais normais são feitos para os cães exercerem mais força de cada vez que puxam e não devem ser usados em cães que puxam.
Além destes existem peitorais especiais para treinar cães a andar à trela sem puxões como o peitoral halti ou peitoral easy walk em que a trela fica apoiada na zona do peito do cão o que impede que ele ande à frente do dono.
 
Existem ainda os halti headcollar e os gentle leaders que são coleiras que se adaptam na cabeça, de forma semelhante a açaimes mas permitem que o cão coma, beba, respire e ladre. Com estas coleiras controlamos a cabeça do cão e por isso controlamos a sua atenção, além de que no caso de o animal tentar puxar automaticamente a cabeça fica baixa e ele para.
As coleiras que se adaptam na cabeça exigem alguma habituação para que o animal permita coloca-las enquanto os peitorais de treino são de adaptação muito fácil, principalmente em animais que usam já um peitoral.
Se mesmo com estes acessórios de treino o seu cão é difícil de controlar poderá ter aulas com um treinador profissional ou aconselhar-se junto do seu médico veterinário.