quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viajar com o seu animal de companhia para o estrangeiro

Hoje em dia muitas pessoas levam os seus animais de companhia em viagem para o estrangeiro, quer seja porque decidem ir morar para outro país ou simplesmente porque vão de férias. No caso de o animal de estimação se tratar de um cão, gato ou furão existem vários procedimentos que devem ser realizados antes da viagem para que o animal possa entrar no país de destino. Esses procedimentos variam de país para país mas no caso da União Europeia foram estabelecidos através de uma legislação comum.

As restantes espécies de animais de companhia como as aves, répteis e roedores devem respeitar a legislação do país para o qual pretendem viajar que pode ser consultada aqui.

Para circular entre a maioria dos Estados Membros da Comunidade Europeia os cães, gatos e furões têm de:

- Estar identificados com um microchip ou uma tatuagem claramente legível (a tatuagem só será aceite até 3/07/2011)

- Ser acompanhados por um Passaporte para animais de companhia emitido por um Médico Veterinário habilitado que comprove que o animal foi sujeito a uma vacinação anti-rábica (raiva) válida. Para este efeito consideram que a 1ª vacinação da raiva é válida 21 dias após a sua administração e um reforço da vacina da raiva é válido a partir da data da administração se for feito antes de ter expirado o prazo da vacinação anterior. Nos casos em que o reforço seja feito após a data de validade da vacina anterior é considerado como 1ª vacinação.

Os cães, gatos e furões com idade inferior a 3 meses não podem circular para fora do pais até terem atingido a idade suficiente para serem vacinados contra a raiva. Apesar disso, os outros países podem autorizar a entrada destes animais no seu território se:

- Estiverem identificados com um microchip ou uma tatuagem claramente legível (a tatuagem só será aceite até 3/07/2011)

- Forem acompanhados por Passaporte para animais de companhia emitido por um Médico Veterinário habilitado

- Acompanhados por uma declaração do proprietário/responsável pelo animal inscrita no ponto XI. Outros do seu Passaporte, em como os animais permaneceram no local onde nasceram, sem contacto com animais selvagens susceptíveis de terem sido expostos à infecção pelo vírus da Raiva

Ou

Acompanhados pela mãe de que ainda dependem, devendo esta última circular com tudo o que é exigido para os animais adultos.

Mais informações sobre as condições em que os animais com idade inferior a 3 meses podem circular dentro da Comunidade Europeia podem ser vistas aqui.

Existem países como o Reino Unido, Irlanda, Malta, Chipre, Suécia e Finlândia que apesar de pertencerem à Comunidade Europeia têm exigências adicionais relativamente à vacinação da Raiva, à prevenção da Equinococose (parasitas internos) e das carraças. Esses procedimentos adicionais podem ser consultados aqui.

Se estiver a pensar viajar com o seu animal de estimação para outro país deve contactar com pelo menos 6 meses de antecedência o seu Médico Veterinário ou a Direcção Geral de Veterinária para se informar sobre tudo o que necessita de fazer para poder viajar descansado.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Porque se esfregam os gatos? Marcação de território

Quem tem gatos já conhece este comportamento felino. O gato esfrega-se contra objectos e pessoas e outros animais, com a testa e com a parte lateral do corpo, como se estivesse a roçar-se.

Este comportamento é uma forma de libertar e impregnar o local/pessoa/animal de feromonas. Os gatos possuem glândulas na testa, ao redor dos lábios, nas patas e nas partes laterais do corpo que segregam feromonas. As feromonas são substâncias químicas que transmitem mensagens entre animais da mesma espécie e são diferentes de animal para animal. Imperceptíveis para nós, as feromonas permitem que outro gato saiba que aquele gato passou por ali, deixou a sua marca e transmite uma série de informações sobre o emissor.

O gato esfregar-se contra um objecto, pessoa ou animal é uma forma do gato demonstrar que aquele território, objecto, animal ou pessoa é da sua posse. Na generalidade, este comportamento pode ser visto como um acto carinhoso e amistoso.

Imagem retirada de: dlemoshotel.blogspot.com

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias do género Leptospira sp.. É uma zoonose, ou seja afecta tanto o Homem como os animais (a maioria dos animais domésticos e selvagens incluindo o cão). Tanto os animais como o Homem podem infectar-se por mordedura, ingestão, contacto directo das mucosas ou pele lesionada com água, alimentos ou objectos contaminados pela urina dos animais portadores e ainda pode ser transmitida pelas mães através da placenta. Os roedores são um importante veículo desta doença.
Esta bactéria é mais frequente nos meses chuvosos, principalmente em zonas alagadas e com fracas condições de higiene. Ela é eliminada pelos animais portadores durante meses a anos, mesmo quando já recuperaram da infecção. Apesar de não se multiplicar fora do hospedeiro e ser sensível a temperaturas e pH extremos a leptospira pode sobreviver até 180 dias em águas paradas e solos húmidos.
Após penetrar no organismo as leptospiras vão multiplicar-se rapidamente no sangue e tem como alvos principais o fígado e os rins podendo causar insuficiência hepática ou renal aguda.
Os sinais clínicos são muito variados e dependem da idade do animal, do estado imunitário e ainda da serovar de leptospira que o infecta. Normalmente apresentam:
- Febre
- Anorexia
- Vómito
- Desidratação

- Aumento da sede
- Icterícia (mucosas amarelas)
-
Dores musculares generalizadas
- Aumento ou diminuição da micção
- Sangue na urina ou fezes
- Sangramento pelo nariz
- Aborto

- Meningite

Em alguns casos a doença pode ser aguda causando a morte do animal sem haver manifestação de sintomas.
Para diagnosticar a leptospirose, além do exame clínico do animal são necessárias análises sanguíneas gerais e também análises específicas para tentar detectar a presença de leptospiras.
A prevenção deve ser feita vacinando o animal para a doença pois ajuda a reduzir a incidência e a gravidade da doença. A vacinação deve ser feita pelo menos uma vez por ano e em zonas onde haja muitos casos de leptospirose é recomendado vacinar duas vezes por ano. Para prevenir a contaminação de pessoas e outros animais devem ser tomados cuidados nomeadamente:
- Separar o animal de todos os restantes e mantê-lo numa zona de fácil limpeza

- Utilizar luvas quando se efectua a limpeza e desinfecção do local
- Usar desinfectantes à base de iodo
- Caso alguma pessoa que contactou com o animal apresente sinais de doença deve ser vista por um médico o mais rapidamente possível.

Se o seu animal apresentar sintomas de leptospirose deve ser levado ao médico veterinário o mais rapidamente possível para que possa ser tratado.