quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O que fazer quando o seu cão come as fezes?



Quando o seu cão ingere fezes (coprofagia) pode pensar que não lhe está a oferecer a dose certa de comida ou que este tem deficiências nutricionais, mas a verdade é que este acto é uma forma comum de eles passarem o tempo, que apesar de normal, não é agradável! Um exemplo deste hábito são as fêmeas em lactação que para estimularem os cachorros a defecar lambem a região anal, não parando de os lamber mesmo quando estes começam a defecar. A atenção do dono também deve ser redobrada quando o seu cão coabita com gatos, porque este adora comer as fezes do companheiro felino, enquanto que, os cães que não partilhem o seu espaço com gatos não têm tanta tendência para o fazer.

Mas porque é que as fezes despertam tanto interesse no seu animal?
Tudo começou há milhares de anos! Originalmente os cães domésticos eram caçadores e, com o passar dos anos, os descendestes tornaram-se recolectores. Esta tendência para comerem tudo o que encontram ainda pode ser observada nos dias de hoje nos animais de rua. Enquanto muitos cães tem um lar e refeições frescas diariamente, outros não tem outra opção a não ser viver na rua e aproveitar restos humanos e fezes. Porém alguns animais apesar de terem um lar mantêm este hábito.

O que fazer para evitar que o seu cão coma as fezes? 
Pode tentar utilizar produtos repelentes que tornam o sabor das fezes desagradável, ou mesmo colocar pimenta durante algum tempo para que naturalmente o seu animal sinta repulsa do cheiro da pimenta e das fezes. Mas a forma com mais sucesso é negar o acesso as fezes limpando-as o mais rápido possível. Não perca tempo a bater ao seu cão, porque a tendência deste é continuar a comer as fezes mas apenas quando o dono não está. Em vez disso, chame-o assim que este defecar e recompense-o quando este vem na sua direcção e ignora as fezes. 

Adaptado de: http://drsophiayin.com/blog/entry/poop-eating_in_pups

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Porquê que os gatos têm bigodes?



Aqueles pêlos compridos e espetados no focinho e patas do seu gato não servem só para o tornar mais bonito, têm uma função. Os bigodes são o GPS e radar do seu gato.
“São uma parte importante e poderosa de como o gato percebe o mundo.”

Como funcionam?
Cada bigode é preenchido por minúsculos nervos sensitivos que ajudam o gato a medir a distância e o espaço. É a forma como eles tomam decisões tais como: Esta caixa é demasiado pequena para me por lá dentro? Quanto é que eu preciso de saltar para chegar aquele balcão?

Também é desta forma que detectam o mundo que os rodeia. “Gatos cegos podem orientar-se bem numa divisão e andar por todo o lado porque os bigodes permitem-lhes sentir onde estão espacialmente.”

Os folículos dos bigodes (onde se inserem os pelos) são profundos, com muitas terminações nervosas que mandam mensagens para o cérebro do gato. Também há um órgão dos sentidos na ponta de cada bigode. Sentem as vibrações do ambiente que ajudam o gato a saber onde está e que outros seres vivos o rodeiam.

A maioria dos bigodes encontra-se no lábio superior mas há alguns mais pequenos nas sobrancelhas, no queixo e na parte de trás das patas.

Os bigodes situados no focinho têm a mesma largura que o corpo do gato e ajudam-no a perceber se certos espaços são suficientemente largos para que possam passar. Os bigodes na parte de trás das patas permitem-lhes mais sensibilidade para trepar.


Os bigodes não devem ser cortados!

Tal como os outros pelos do corpo os bigodes caem e crescem novos. Este ciclo é normal mas nunca devem ser cortados pois um gato com os bigodes cortados fica desorientado e mais assustado.

“Cortar os bigodes a um gato é como colocar uma venda a uma pessoa, é tira-lhes uma das formas de identificar o ambiente que os rodeia.”
  
Adaptado de: Why Do Cats Have Whiskers? By Suz Redfern

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Como escovar os dentes do seu cão



1º Passo: Escolha a hora certa
Escove os dentes do seu cão quando ele está calmo e relaxado. O ideal é criar uma rotina diária, mas se a boca do seu animal está saudável e o dono não tem tempo, a escovagem três vezes por semana já faz a diferença. Sem a escovagem a placa bacteriana pode depositar-se, o que leva a que o seu animal tenha mau hálito, problemas de gengivas e até queda de dentes. 

2º Passo: Reúna o material necessário
Existem escovas e pastas de dentes próprias para cães. As cerdas são mais macias e angulosas. Para além disso, é possível encontrar escovas de diferentes formas: escovas em forma de dedos resultam muito bem em cães com menos de 30 Kg, enquanto que em animais mais pesados um cabo mais comprido permite um melhor acesso. A pasta de dentes também deve ser própria para animais e pode ter vários sabores (aves ou manteiga de amendoim), uma vez que a pasta de Humanos contém ingredientes que podem prejudicar o estômago do seu cão. 

3º Passo: Assuma a posição
Certifique-se que está num local confortável para o seu animal de estimação. Não fique por cima do seu cão, não o agarre excessivamente e não assuma uma atitude ameaçadora. Em vez disso, tente ajoelhar-se à sua frente ou sentar-se ao seu lado. Preste atenção aos níveis de ansiedade e concentração do seu cão, se ele se mostrar chateado pare e tente mais tarde. Pode ser necessário treinar cada passo, até que este seja aceite e tolerado pelo seu animal de estimação. 

4º Passo: Preparação da boca
Teste a tolerância do seu cão ao toque dos seus dedos na boca esfregando os seus dedos nas gengivas e dentes superiores com pouca pressão. Isto vai ajudá-lo a habituar-se à mexer na boca. Dê sempre um biscoito como recompensa quando o animal permitir mexer sem ficar irrequieto. Pode necessitar de várias sessões de treino para que o animal se sinta confortável e possa passar a usar a escova de dentes.

Adaptado de: http://pets.webmd.com/healthy-dog-teeth-10/slideshow-brushing-dog-teeth?ecd=wnl_dog_061814&ctr=wnl-dog-061814_ld-stry&mb=ItcZCjIztYBJn2vvLKA%403%40HnVev1imbCFY%2fqOHB2ctM%3d

sábado, 4 de abril de 2015

Esgana - vacine para prevenir!



A esgana é uma doença causada por vírus que afecta cães e outros carnívoros como os furões, raposas e lobos que é altamente contagiosa. Afecta principalmente os sistemas respiratório, digestivo e nervoso do animal sendo das doenças infecciosas mais mortais dos cães.


O vírus passa-se facilmente de cão para cão através do contacto directo com animais doentes (secreções oculares, nasais, diarreia, espirros, etc). Os cães não vacinados e os cães jovens, entre 3 e 6 meses de idade, são mais susceptíveis de contrair a doença embora possa afectar animais de qualquer idade e raça.


Os sintomas iniciam-se habitualmente uma semana após o início da infecção. Geralmente começam com febres altas, vómitos, diarreia, desidratação e falta de apetite. Numa segunda fase podem aparecer sintomas respiratórios como tosse, dificuldade respiratória e corrimento com pús nos olhos e nariz que são causados não só pelo avanço da infecção pelo vírus como pelas infecções secundárias por bactérias. Por fim surge a fase dos sintomas neurológicos como espasmos nervosos, convulsões, paralisias e coma.


Cerca de 50% dos animais infectados pode chegar a ter sintomas neurológicos e na sua maioria acabam por morrer ou ficar com sequelas nervosas como tiques.

Qualquer cão que não esteja vacinado e apresente este tipo de sintomas, principalmente se não estiver vacinado, deve ser levado de imediato ao médico veterinário para que este possa fazer um diagnóstico adequado. Para além dos sintomas o diagnóstico é feito através de análises sanguíneas específicas. 


Não há tratamento específico para este vírus portanto todo o tratamento será para combater as infecções secundárias por bactérias e ajudar a reduzir os sintomas.


A partir do momento em que se detecta que um cão tem esgana deve ser separado de outros cães e os locais onde ele estava devem ser desinfectados. O vírus da esgana morre facilmente no ambiente com temperaturas mais elevadas ou detergentes/desinfectantes como a lixívia. Pode manter-se por mais tempo no ambiente se as temperaturas forem próximas dos 0ºC. O vírus pode ser transportado na roupa ou calçado de quem contacta com o animal doente e infectar outros animais. Por isso é importante que quem esteja a tratar um animal doente use uma roupa e calçado específico enquanto trata o animal. Caso tenha algum cão que morreu de esgana deve evitar ter cães no mesmo local durante 6 meses.


A única forma de prevenir esta doença é através da vacinação. A vacina da esgana pode ser iniciada a partir do mês e meio de idade. Nos cachorros é necessário fazer reforço da vacina  de acordo com as indicações do médico veterinário e depois de adultos o reforço deve ser feito todos os anos para a protecção contra a esgana se manter eficaz. Para evitar que os cachorros fiquem doentes antes de terminar o protocolo de vacinação devem ser mantidos em zonas limpas e evitar contacto com outros cães.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Doenças ósseas de cães em crescimento

Em qualquer idade o seu cão pode coxear por variadíssimas razões, mas os animais em fase de crescimento têm predisposição para certas doenças, principalmente os cães de raça de grande porte, com muito peso. Estas podem resolver-se sozinhas, se a causa é reversível, enquanto que outras podem ser mais graves e levar a uma coxeira permanente ou a uma condição debilitante como a artrite. Procure o seu médico veterinário para determinar o porquê do seu animal coxear. Este pode recomendar a realização de radiografias ósseas de forma a identificar a origem do problema. 

Doenças comuns em cães em crescimento:

1. Osteocondrite Dissecante: é uma condição em que a cartilagem na extremidade de um osso junto à articulação se desenvolve de forma anormal e se separa do osso subjacente. Embora ocorra mais frequentemente a nível da articulação do ombro, o cotovelo, a anca e o joelho também podem estar envolvidos. Se um pedaço de cartilagem se parte e fica livre na articulação, é necessário remove-lo cirurgicamente, visto que este na articulação causa inflamação e dor que pode variar de leve a intensa, ser intermitente ou constante. Por vezes é necessário recorrer a medicação para aliviar a dor e reduzir a inflamação associadas.

2. Panosteíte: deve-se a uma inflamação na superfície dos ossos longos, vulgarmente conhecida como "dores de crescimento". Pode afectar mais do que um osso de cada vez, mas normalmente os animais apresentam dor e coxeira que vai variando/saltitando de osso para osso. Esta doença deve-se essencialmente a um crescimento rápido e como tem carácter auto-limitante, isto é, consegue resolver-se por si só, o único tratamento recomendado visa apenas o alívio da dor.

3. Osteodistrofia hipertrófica: resulta da inflamação das placas de crescimento dos ossos longos. Os sinais mais comuns são inchaço, dor nas articulações, febre e perda de apetite. Como também é uma doença associada a um crescimento rápido e auto-limitante, muitas vezes não tem complicações. No entanto, se as lesões nas placas de crescimento forem irreversíveis, estas podem levar à deformidade dos membros. O tratamento desta doença envolve usualmente medicação para aliviar a dor e a inflamação.

4. Displasia do cotovelo: é causada por um crescimento ou desenvolvimento anormal da articulação do cotovelo, que pode criar problemas nos 3 ossos envolvidos nesta articulação (úmero, rádio e ulna). Esta condição pode ser dolorosas e muitas vezes é necessário recorrer à resolução cirúrgica das mesmas, uma vez que com o passar do tempo pode conduzir a uma doença articular degenerativa (artrite) grave se não for diagnosticada e tratada a tempo.


5. Displasia da anca: ocorre quando os ossos da anca não crescem na mesma proporção, o que impossibilita que articulem/encaixem de forma adequada. Desta forma, os ossos ficam fora da sua localização normal, causando coxeira, dor e artrite secundária. Como é considerada uma doença hereditária, animais com esta condição não devem ser reproduzidos. É mais frequentemente encontrada em raças de grande porte, como Labradores, Goldens Retrievers, Mastins, Pastores Alemães e Rottweileres. Assim, se o seu cachorro pertence a raças referidas anteriormente, converse com o seu médico veterinário sobre a dieta mais equilibrada e qual a altura ideal para o despiste desta patologia. Animais com diagnóstico positivo podem não chegar a evidenciar sinais, ou em casos mais graves coxearem e terem muita dificuldade a deitarem-se e levantarem-se. Em ambos as situações, a artrite secundária tende a desenvolver-se com a idade, causando dor e mobilidade reduzida. Existem várias opções para o tratamento da displasia da anca, incluindo vários tipos de cirurgia e medicação, fale com o seu médico veterinário.

6. Luxação da rótula: acontece quando o joelho, mais propriamente a rótula do seu cão sai da sua posição normal e desliza de um lado para o outro quando o membro é estendido. A gravidade da lesão pode variar de ligeira e a luxação é ocasional, a grave, que implica que a patela esteja sempre luxada. A condição pode piorar com o tempo e os sinais tornam-se mais evidentes à medida que a idade do seu cão aumenta. É mais comum em raças de pequeno porte e considerada uma doença hereditária que é tratada cirurgicamente.

Se tiver dúvidas procure o seu médico veterinário, ele consegue garantir a saúde e bem-estar do seu animal de estimação.

Adaptado de: http://www.pethealthnetwork.com/dog-health/bone-diseases-growing-dogs