terça-feira, 30 de agosto de 2011

Primeira gata clonada fez dez anos


Há quase dez anos, foi clonado o primeiro gato, ou melhor, a gata CC, mas desde este animal, as previsões para o início de um mercado comercial para a "ressurreição" de animais de estimação com o uso dessa tecnologia foram um fiasco.
Unidos, parou em 2009, e mesmo a clonagem de gado é relativamente pequena, com algumas centenas de porcos e vacas em todo o mundo, mas os donos da CC ainda a consideram um grande êxito.
Mais velha e gordinha, e mais lenta por causa da idade, a gata branca e cinza comporta-se como qualquer outro animal da sua espécie. O nome CC foi-lhe atribuído por serem as iniciais de Carbon Copy (Cópia Carbónica). O animal nasceu num laboratório da A&M em 22 de Dezembro de 2001, a partir de uma célula tirada de um gato tricolor chamado Rainbow, e inserida noutro embrião de gato.
A CC tem exactamente a mesma constituição genética de Rainbow, mas não tem a cor laranja que esse tinha. Geralmente apenas duas cores são passadas na clonagem de gatos tricolores. Esta é uma das falhas, mas o preço, que poderia chegar aos seis dígitos, é das principais razões pelas quais clonar animais de estimação não se tivesse tornado num sucesso comercial.

In: Ciência Hoje

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Linfoma


O linfoma ou linfossarcoma é um tumor maligno que ocorre quando há crescimento descontrolado de linfócitos (glóbulos brancos). Esta neoplasia é das mais comuns tanto em cães como em gatos, aparecendo tanto em machos como em fêmeas, geralmente entre os 5 e os 9 anos de idade.
Nos gatos há factores que podem predispor ao linfoma como o vírus da leucose felina (FeLV), as doenças intestinais crónicas e o convívio com fumadores.
Os glóbulos brancos estão presentes em vários órgãos e por isso este tumor pode ocorrer em diferentes localizações tendo diferentes designações:
- Forma multicêntrica quando afecta vários gânglios linfáticos superficiais, gânglios da cavidade abdominal , fígado, baço, rim…
- Forma alimentar se afectar o estômago ou intestinos
- Forma cutânea quando se apresenta na pele
- Forma mediastínica se afecta gânglios linfáticos do tórax
- Forma mesentérica quando há apenas alterações nos gânglios linfáticos da cavidade abdominal.
Nos cães é mais comum a forma multicêntrica e nos gatos formas intestinal e mediastínica ocorrem com maior frequência.

Os sintomas variam muito com a forma de linfoma podendo ser bastante inespecíficos:
- Perda de apetite
- Perda de peso
- Letargia
- Aumento do volume dos gânglios linfáticos
- Diarreia
- Vómitos
- Dificuldade respiratória
- Dificuldade em engolir os alimentos
- Aumento da sede
- Aumento da micção
- Anemia

O diagnóstico é feito por citologia ou biopsia dos gânglios afectados. No caso da citologia apenas se retiram algumas células do gânglio afectado picando-o com uma agulha. Quando a citologia não nos permite o diagnóstico é necessário realizar uma biópsia para retirar um pequeno fragmento o gânglio afectado que é depois analisado permitindo identificar de que tipo de linfoma se trata.
Para estadiar a doença, ou seja, para saber se está ou não muito avançada, são necessários mais exames como análises sanguíneas gerais (hemograma e bioquímicas), análise urinária, raio x, ecografia e por vezes também punção de medula óssea.

O tratamento do linfoma é feito com cirurgia no caso de se tratar de uma massa isolada ou quimioterapia, variando os protocolos de acordo com o tipo e estádio do linfoma e com a espécie do animal. Neste tipo de tumor o objectivo do tratamento não é a cura mas sim a remissão, ou seja, o desaparecimento de todos os sintomas durante o maior tempo possível. Seja qual for o protocolo de quimioterapia utilizado haverá tendência para que o tumor se torne resistente ao mesmo. Por isso em certa fase do tratamento terá de ser usado um protocolo de resgate para tentar induzir uma nova remissão. Se o linfoma estiver num estádio já avançado ou existam já outras alterações como hipercalcémia há menores hipóteses de resposta ao tratamento.

Todos os protocolos de quimioterapia exigem a realização de análises de controlo ao longo do tratamento para avaliar a existência de efeitos secundários (anemias, alterações renais ou hepáticas, etc) e algumas horas de internamento para administração dos medicamentos. Sem tratamento a maioria dos animais não sobrevive mais de 2 meses e a quimioterapia pode prolongar a vida do animal até cerca de 1 ano.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Adoptar dois gatos, melhor que um!

Quando pensamos adoptar um gatinho, pensamos em comprar a caminha, wc, brinquedos e todos os acessórios de alimentação. No entanto podemos estar a priva-los do que mais precisam: a companhia de outro ser de sua própria espécie.

Os gatos têm uma vida mais saudável e feliz se houver outro felino na casa, declaram especialistas em comportamento felino. Mesmo quando eles parecem evitar-se ou quando existem brigas ocasionais, dividir a casa com outro gato ajuda a quebrar a monotonia e solidão. No caso de se tornarem bons companheiros e brincarem juntos, isso será um benefício adicional: terão exercício e diversão.

Muitos casos de alterações de comportamento como agressividade e actividades destrutivas, podem ser evitadas se as energias do gato estiverem direccionadas para um companheiro. Em termos de saúde, gatos com companheiros terão menos tendência para a obesidade e outros problemas de saúde com origem na ansiedade: problemas urinários, dermatológicos, entre outros.

Quando o gato é adulto a integração de outro animal pode ser difícil e exigir algum tempo. Por isso o ideal é, se pensa ter um gato, não pense ter só um mas dois. Vai-se deliciar a vê-los brincar um com o outro…