segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ossos – NÃO SÃO BOA IDEIA

Existe uma crença popular de que é natural os cães roerem ossos. Mas dar ossos aos cães é prejudicial para a sua saúde. Para além do mal que podem fazer, os ossos não servem de alimento, pois os ossos não são digeridos, não tendo qualquer valor nutritivo.


As 10 principais razões para não dar ossos ao seu cão:

  1. Dentes partidos: ficam mais sensíveis a abcessos e implicam a realização de cirurgias para retirar ou tratar o dente.
  2. Lesões da boca ou da língua que sangram bastante e causam dores e infecções que impedem o animal de comer.
  3. Ossos presos nos dentes ou na garganta causam dores e pânico ao animal obrigam muitas vezes à sedação do cão pelo veterinário para poder retirar o osso.
  4. Ossos presos no esófago (tubo que leva a comida da boca até ao estômago) fazem com que o cão se engasgue, salive em excesso e não permitem que ele coma ou beba. O osso tem de ser retirado o mais rapidamente possível para evitar que haja perfuração do esófago e infecções associadas, recorrendo a endoscopia ou cirurgia.
  5. Entrada de ossos na traqueia (aparelho respiratório) podem acontecer se um pequeno fragmento for aspirado e provocam dificuldade respiratória grave. Trata-se de uma urgência pois o animal corre risco de sufocar.
  6. Ossos encravados no estômago porque apesar de entrarem bem no estômago podem ser demasiado grandes para sair. Pode ser necessário retirá-lo através de uma endoscopia ou cirurgia ao estômago.
  7. Ossos no intestino delgado podem causar bloqueios intestinais associados a dores abdominais e vómitos. Podem causar morte do animal e só se resolvem com cirurgias dispendiosas.
  8. Obstipação devido a fragmentos de ossos, ou seja, dificuldade ou impossibilidade de defecar. Isto ocorre porque as pontas afiadas dos ossos fazem feridas no intestino e recto à medida que se vão movimentando e provocam dores ao cão. As fezes ficam demasiado duras e não moldadas e podem não conseguir sair. Estas situações necessitam de tratamento veterinário imediato para permitir que o cão volte a defecar.
  9. Sangue nas fezes ou sangramento pelo recto devido a lesões causadas pelos ossos são situações muito graves e que podem causar bastante transtorno em casa devido à sujidade.
  10. Peritonite que é uma infecção abdominal generalizada grave que causa a morte do animal. Pode ser originada pela perfuração do intestino ou estômago por um osso que faz com que o conteúdo saia para o abdómen.

Todas estas situações são motivo para uma consulta veterinária para identificar o problema e tratá-lo da melhor forma o mais rapidamente possível. A falta de tratamento adequado pode levar à morte do seu cão.

Qualquer tipo de osso, seja de que animal for e de que tamanho for, desde que possa ser roído e engolido pode causar sérios danos ao animal pelo que é desaconselhado. Por isso deve sempre manter os ossos que sobram das refeições fora do alcance do seu cão e dar-lhe apenas ossos de brincar, apropriados para serem roídos sem causar problemas de saúde.

Lembre-se sempre que ao dar um osso ao seu cão pode causar-lhe problemas sérios que vão levar a tratamentos e gastos que facilmente poderiam ser evitados.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL


Que este Natal seja para todos uma época de felicidade junto dos que mais gostamos!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

ATL para animais de companhia

A pensar nos cuidados prestados aos animais de companhia, o Hospital Veterinário do Porto criou um ATL (actividades de tempos livres) para os animais de estimação. O ATL é a resposta perfeita para o proprietário do animal de estimação moderno. Infelizmente, os proprietários dos animais muitas vezes não têm o tempo todo durante a semana de trabalho (principalmente) que possibilitem um estilo de vida saudável para seus companheiros, refere o Mário Santos, director clínico do Hospital Veterinário do Porto.
O Hospital Veterinário do Porto pretende resolver este dilema, fornecendo o serviço de ATL que é ideal para os animais durante todo o dia de trabalho dos donos e adequa-se a todos os tipos de cães e idades.


Leia mais em:
http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2011/12/09/hospital-veterin-225-rio-do-porto-criou-atl-para-animais-de-estima-231-227-o.aspx

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Demodecose - Demodex canino


A demodecose ou sarna demodécica é um tipo de “sarna” provocada por ácaros microscópicos do género Demodex sp. que vivem dentro do folículos dos pêlos. Pode afectar tanto os cães (Demodex canis) como os gatos (Demodex cati e Demodex gatoi) mas o demodex canino não é contagioso para Humanos nem para gatos e também não é transmissível entre cães adultos.

Este ácaro existe normalmente na pele de quase todos os cães uma vez que é transmitido pela mãe para a pele dos bebés enquanto mamam, logo nos primeiros dias de vida. A maioria dos cães não desenvolve a doença porque o seu sistema imunitário consegue controlar a multiplicação e proliferação deste parasita. Se houver alterações imunitárias o parasita pode reproduzir-se em grandes quantidades e causar alterações a nível da pele. Muitas vezes a tendência para desenvolver demodecose é genética, pelo que cães portadores da doença não devem ser usados para reprodução.

É mais comum em raças de pêlo curto como o Pin
scher ou o Bull Terrier mas pode aparecer em animais de pelo comprido.
A demodecose pode ser localizada caso as lesões afectem um único lo
cal do corpo ou generalizada se aparecerem em várias regiões do corpo. Nos locais afectados o pêlo cai, a pela fica inflamada, pode ter crostas e estar hiperpigmentada (escura). O animal pode ou não ter comichão mas se houver infecção secundária da pele podem aparecer feridas e em casos muito graves o animal pode ter febre.

O diagnóstico é feito através de uma raspagem profunda da pele e da observação ao microscópio do parasita ou através de biópsia de pele nos casos em que o parasita se encontra em zonas muito profundas do folículo piloso. No caso de ser diagnosticada num animal adulto devem ser feitos mais exames para procurar doenças que possam causar alterações imunitárias como doenças hormonais, doenças renais ou hepáticas ou tumores.

O tratamento da doença varia de acordo com a gravidade dos sintomas e a idade do animal podendo ser feito com pipetas, banhos, xaropes e comprimidos isolados ou em conjunto. Em casos mais graves o animal pode ter de ser tratado durante meses e necessitar de repetir a raspagem de pele para avaliar a diminuição da quantidade de parasitas na pele.
Além do tratamento médico é necessário ter cuidados para prevenir alterações do sistema imunitário e ajudar o animal a recuperar:
- O animal deverá ser esterilizado/castrado quando a doença estiver controlada. As alterações hormonais como cios e gravidez causam muito stress que pode despoletar uma recaída e os animais portadores não devem ser reproduzidos.
- O cão deve ser alimentado com ração de elevada qualidade para evitar carências nutricionais.
- É necessário manter a desparasitação interna e externa em dia pois os parasitas intestinais causam baixas imunitárias e as pulgas e caraças podem despoletar alterações na pele que levem a recaídas.
- Ter as vacinas em dia para evitar doença virais que baixem a imunidade.

- Não tomar medicamentos que possam interferir com o sistema imunitário.

O prognóstico é melhor em cães jovens, com menos de 1,5 anos de idade, pois a maioria deles conseguem atingir uma cura completa. Em animais adultos pode ser apenas possível manter a doença controlada podendo haver algumas recaídas.