sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Educação na hora das refeições

A educação dos animais de companhia é muito importante para que a sua relação com todas as pessoas que moram com eles seja bem sucedida. Apesar de as cadelas/ gatas ensinarem os seus filhotes a comer e lhes imporem algumas regras, cabe aos donos continuar e aperfeiçoar a educação iniciada pelas mães.
Para começar devemos ter em conta que os comportamentos alimentares dos cães e dos gatos são muito diferentes. Os cães adultos devem comer a sua dose diária de alimento numa ou duas refeições por dia enquanto que os gatos devem ter a dose diária de comida à disposição pois podem fazer cerca de 15 pequenas refeições por dia.
Mesmo entre gatos existem diferenças pois os de exterior tendem a alimentar-se menos pois distraem-se na caça de pequenas presas. No caso dos gatos de interior é benéfico dar-lhes brinquedos e actividades para os distrair, diminuir a quantidade de alimento ingerido e incentivá-lo a praticar exercício físico prevenindo a obesidade.
Como os alimentos são necessários para a sua sobrevivência, alguns animais podem demonstrar um comportamento agressivo perante a comida, principalmente se houver falta de alimento. Estas situações são mais frequentes em cães e a agressividade (rosnar, ladrar, morder) pode ser dirigida tanto às pessoas como a outros animais e pode acontecer com a ração ou apenas com os seus petiscos favoritos. Estas situações podem acontecer desde cachorro por isso devem ser tomadas medidas para as prevenir logo cedo:
- Alimentar o cão em 2 ou 3 refeições por dia e não deixar comida à disposição- Caso haja mais do que um cão em casa a refeição deve ser dada em 1º lugar ao animal dominante da matilha.
- Em cães que tenham mostrado agressividade com petiscos apenas lhe podem ser dados os que forem consumidos rapidamente (não dar ossos de roer por ex.).
Além disso o cão deve ser habituado desde muito jovem a deixar o dono retirar e colocar o prato da comida, quer esteja cheio ou vazio, para que ele perceba que o dono não é uma ameaça e que não o vai impedir de se alimentar.
Outra situação que deve ser evitada, tanto em cães como em gatos é o hábito de pedinchar comida pois além de se tornar aborrecida para os donos predispõe à obesidade do animal. Para impedir ou acabar com este comportamento:
- Não pode ser dada nunca qualquer recompensa ou atenção quando o animal implora comida
- No caso dos cães devem ser sempre mantidos os horários das refeições a que estão habituados- Pode ser dado um petisco de longa duração (brinquedo dispensador de comida por ex.) para manter o animal ocupado enquanto o dono cozinha ou come
- O animal pode ser incentivado a fazer exercício antes da hora da refeição do dono pois se estiver cansado diminui a probabilidade de pedinchar
- O cão/gato pode ser fechado numa divisão diferente enquanto o dono come
Não se deve ralhar ou bater pois o animal pode entender que lhe estão a dar atenção e piorar o seu comportamento.



As alterações de comportamento relacionadas com a comida como a agressividade ou o pedinchar podem estar ligadas a doenças ou medicamentos que façam aumentar a fome. Se o seu animal manifestar alguma destas alterações é aconselhável contactar o seu médico veterinário.

4 comentários:

  1. Olá.

    Os cães e gatos são especialistas em fazer cara de fome...é tão difícil estar a comer um petisco e resistir aos olhinhos de fome!

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  2. Boa noite, somos 5 pessoas responsáveis por um gatinho de 2 kg neste momento, e surgiu-nos uma dúvida relativa à melhor forma de o educar com a alimentação, ou seja, gostaríamos de saber se devemos dar-lhe a comida em duas ou três doses diárias, ou tudo de uma vez, e já agora se possível, a quantidade indicada. Se nos puder esclarecer, agradecemos. Continuação de bom trabalho.

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  3. Os gatos podem fazer até 15 refeições diárias por isso a dose diária deve estar à disposição. Se ele comer tudo de uma vez só pode então dividir-lhe a dose diária e colocar-lhe à disposição 2 a 3 vezes por dia. A quantidade depende da marca da ração, em principio na embalagem deverá ter a quantidade recomendada. Esta quantidade deve ser ajustada às características especificas de cada animal, idade, estado de gordura, actividade física, etc...

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