Os gatos selvagens eram geralmente
caçadores solitários, ao contrário dos cães selvagens que caçavam em matilhas e
por isso tem comportamentos sociais diferentes. Assim, tendo territórios de caça
muito vastos e com diversos esconderijos, os gatos podiam escapar aos contactos
indesejados com outros animais da mesma ou de diferentes espécies. Estas
diferenças devem ser tidas em conta quando se pensa em ter um gato em casa pois
vão implicar necessidade de adaptarmos o nosso comportamento e a nossa casa à
sua chegada.
Os problemas de comportamento felino são
frequentes e em grande parte devem-se à falta de locais em casa que lhes
permitam expressar o seu comportamento normal e evitar situações que os
assustam e causam stress como:
- Mudanças de casa ou em casa
- Novos animais (em casa ou na
vizinhança)
- Densidade excessiva de animais em
casa
- Saída de animais
- Agarrar excessivo (pegar ao colo,
dar beijinhos, etc)
- Conflito com outros animais da casa
Nos gatos é muito importante evitar
situações de stress crónico porque além de conduzir a problemas
comportamentais, causa doenças físicas, como a obesidade, hipertensão e problemas urinários.
Há algumas coisas simples que a
maioria das pessoas pode fazer para melhorar a relação com o seu gato e
prevenir problemas:
1º
- Introduzir novos animais (principalmente gatos) de forma progressiva
Ter dois gatos pode ser benéfico pois
assim garantimos que não ficam sozinhos quando saímos de casa e tem sempre um
companheiro de brincadeiras. Para quem pensa ter dois gatos é aconselhável que
os traga para casa na mesma altura e desde pequenos para que possam habituar-se
a partilhar o território e a socializar à medida que crescem.
Caso se queiram introduzir um gato
mais tarde, tendo já um adulto em casa, nunca se deve colocar os dois gatos em
contacto de imediato. O gato residente já tem um território estável e a
introdução de um novo elemento vai ser uma ameaça ao seu território que pode
desencadear agressividade entre os animais.
O novo gato deve ter acesso apenas a
uma divisão da casa de cada vez, sem contactar com o gato que já lá estava.
Assim o novo gato pode explorar e conhecer cada canto da nova casa sem ser
pressionado pelo outro, ao mesmo tempo que o gato residente pode-se ir
habituando ao cheiro e presença de um novo elemento em casa. Os primeiros
contactos visuais devem ser feitos aos poucos e sempre com uma barreira física
pelo meio para que em caso de ataque ninguém se magoe. Assim que os momentos de
contacto sejam calmos então os gatos poderão ir convivendo aos poucos no mesmo
espaço.
Isto é válido para outros novos
elementos em casa, sejam cães ou mesmo pessoas.
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