Os animais mais afectados são gatos mais jovens (menos de 2 anos) e mais idosos (mais de 10 anos). Gatos que vivam em colónias/gatis, em situações de stress, que sofram de doenças crónicas e/ou infecciosas (FIV e FeLV) ou a receber tratamentos imunossupressores também estão mais susceptíveis a que ocorra a mutação do vírus.
A PIF pode apresentar-se em duas formas: a seca ou não efusiva (forma crónica) e a húmida ou efusiva (forma mais grave da doença).
Os sintomas são:
- Febre flutuante
- Apatia
- Perda de apetite
- Perda de peso - Diarreia
- Aumento do volume abdominal devido a derrame de líquido (forma húmida)
- Dificuldade respiratória devido a derrame de líquido no tórax (forma húmida)
- Icterícia (mucosas e pele amarelas)
- Uveíte (derrame de sangue dentro do olho)
-Alterações neurológicas (perda de equilíbrio, tremores da cabeça, convulsões)
O diagnóstico da doença baseia-se na história, nos sinais clínicos e em biopsias de órgãos afectados. As análises de sangue e de líquidos de derrame podem ser sugestivas de PIF mas a única forma ter um diagnóstico definitivo é através da necrópsia.
Não existe cura para a PIF por isso o tratamento é apenas paliativo tentando minimizar os sintomas do animal através de fluidoterapia, transfusões sanguíneas, alimentação adequada e medicação conforme os sintomas apresentados. Em muitos casos os sintomas são muito graves e não permitem qualquer tipo de tratamento, sendo necessário recorrer à eutanásia.
Como ainda não existe vacina para esta doença deve-se apostar na prevenção através do isolamento dos animais contaminados, não permitindo contacto com gatos saudáveis, principalmente bebés. Uma vez fora do corpo o vírus pode sobreviver entre 2 a 6 semanas mas é eliminado pela maioria dos desinfectantes por isso é aconselhável fazer desinfecção frequente dos comedouros, bebedouros e caixas de areia para prevenir a disseminação do vírus em locais com grande população de gatos. Em locais onde tenha havido um gato com PIF recomenda-se esperar 2 meses até poder reintroduzir novamente um gato.
Uma vez que a maioria dos sintomas de PIF são comuns a outras doenças deve consultar o médico veterinário caso detecte alguma alteração no seu gato.
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