Uma
vez que o diagnóstico de epilepsia tenha sido feito o foco é gerir a doença e
manter o animal com qualidade de vida. Se se tratar de epilepsia secundária
pode ser possível tratar a doença causadora e impedir que ocorram mais
convulsões. Quando são casos de epilepsia idiopática em que a causa é
desconhecida a decisão de medicar e o tipo de medicação depende da gravidade e
frequência das convulsões.
O
lado bom da situação é que, apesar da maioria dos cães precisar de tratamento
para o resto da vida, a medicação dada de forma adequada diariamente pode
controlar a maioria dos casos. No entanto deve ser tido em conta que tratar um
cão epilético requer uma atenção especial aos horários da medicação e à
frequência com que tem de ser feitas análises sanguíneas de controlo das doses
de medicação. Há uma grande variedade de medicamentos para a epilepsia e cada
um tem recomendações específicas quanto às precauções a ter e sintomas que
sevem ser monitorizados. É importante relembrar que qualquer aumento ou
diminuição da dose, paragem na medicação ou o facto de se falhar uma dose pode
fazer com que um animal que estava controlado volte a ter convulsões por isso se
tiver dúvidas relativamente a doses ou horários da medicação deve sempre
consultar o seu médico veterinário.
Além
disso qualquer medicamento para a epilepsia pode ter efeitos secundários ou
perder a sua eficácia ao longo do tempo pelo que é extremamente importante
cumprir as datas estipuladas para as análises de monitorização do fígado e dos
níveis de medicação no sangue.
Como
lidar com as convulsões:
-
Certifique-se que o cão está num lugar onde não se possa magoar (cair do sofá
ou das escadas por ex.)
-
Não coloque as mãos na boca ou perto dela para não correr o risco de ser
mordido
-
Alguns cães podem sofrer alterações de comportamento logo antes e após a
convulsão. A melhor coisa a fazer nestes casos é deixar o cão num lugar calmo e
não interagir com ele. Se tiver alguma dúvida contacte o seu médico
veterinário.
-
Se a convulsão durar mais do que alguns minutos ou o animal tiver mais do que
uma convulsão durante um dia deve imediatamente ser levado ao médico
veterinário para ser observado.
-
A melhor forma de transportar um animal em convulsão para a clínica veterinária
é dentro de uma caixa de transporte.
Outros
cuidados a ter:
Além
de controlar o estado de saúde do cão e a sua medicação é também importante
monitorizar a sua dieta. Por exemplo o aumento de sal na dieta do cão pode
influenciar o metabolismo de alguns medicamentos para a epilepsia e por outro
lado há medicamentos que podem aumentar o apetite e a sede do cão. O resultado
disto é a possibilidade de aparecimento de obesidade que provoca mais
sobrecarga sobre o coração do animal. Para evitar esta situação deve seguir
cuidadosamente as recomendações do seu médico veterinário relativamente à dieta
do seu animal.
Ao
seguir todas as recomendações que lhe forem dadas relativamente ao controlo da
doença será possível que, na maior parte dos casos, possa viver uma vida normal
com ele.
Adaptado de: PetsMatter
Nov/Dec 09 - Volume 4 Issue 6, published by the American Animal Hospital
Association. Copyright © 2009 AAHA.
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