- Aumento da quantidade de urina
- Aumento da sede
Os animais com diabetes não controlada podem também ter mais tendência a ter infecções urinárias, os cães podem desenvolver problemas oculares (cataratas, glaucoma) e os gatos podem perder a força e mobilidade das patas devido a neuropatias. Caso a doença não seja tratada atempadamente a acumulação de açúcar no sangue irá provocar acidose diabética e consequentemente coma e morte do animal.
Esta doença ocorre geralmente em cães e gatos com mais de 5 anos de idade. Além dos factores genéticos há muitos outros que podem predispor a diabetes como a obesidade, dietas de má qualidade, falta de exercício, alterações hormonais (cio, infecções uterinas), doenças endócrinas ou medicamentos.
O diagnóstico é efectuado pelos sintomas, pela medição da glicose no sangue e pela presença de glicose na urina. Normalmente a glicose no sangue deve variar entre 80 e 120 mg/dl, podendo estar um pouco aumentada em situações de stress ou após uma refeição. Nos animais diabéticos é frequente a glicose no sangue ser superior a 400 mg/dl.
Esta doença exige tratamento, ou seja é necessário administrar insulina (através de uma pequena injecção subcutânea) e dieta apropriada para animais diabéticos. Quando o animal inicia o tratamento com insulina deve ser hospitalizado para que possa ser controlada a glicemia durante 12 a 24h de forma a fazer os ajustes necessários na dose de insulina e alimentação. Alguns animais podem necessitar de insulina uma ou duas vezes por dia. Os gatos devem ter alimentação sempre disponível e os cães vão precisar de ser alimentados a horas definidas.
Depois de a glicemia estar controlada é apenas necessário que o dono compreenda que é uma doença crónica e incurável que exige tratamento por toda a vida do animal. Mas desde que o dono siga as recomendações em termos de medicação e alimentação dadas pelo médico veterinário o animal pode ter uma boa qualidade de vida e prevenir-se complicações. As complicações mais comuns são a acidose diabética (se o açúcar no sangue continuar elevado) ou a hipoglicémia caso o açúcar no sangue seja demasiado baixo. Se houver um episódio de hipoglicémia o animal pode perder a consciência e entrar em convulsões, nesse caso deve-lhe ser colocado um pouco de mel na boca e deve ser levado de imediato a um médico veterinário pois corre risco de vida.
Em casa o dono pode monitorizar a quantidade de água que o animal bebe por dia, a quantidade de urina e a quantidade de comida que ingere pois alterações destes parâmetros podem ser indicativas de que o tratamento pode precisar de ser alterado. Periodicamente o animal deve ser observado pelo médico veterinário que o acompanha para verificar se não há necessidade de ajustar insulina ou alimentação administrada.